O fim do ano e os videntes

 


Passado o estresse dos preparativos para as festas de natal, amigos secretos frustrantes e confraternizações de empresa, a expectativa para a virada do ano até que é divertida. E quem torna isso interessante são os adivinhos, videntes e astrólogos.

Na internet começam a circular as previsões de todos os tipos para o ano novo que se aproxima. E nesta virada para 2025 ressurge a figura de Vangelia Pandeva Gushterova, uma mística búlgara mais conhecida como Baba Vanga.

Cega desde a infância e analfabeta, a vidente faleceu em 1996; porém suas previsões aparentemente foram compiladas por pessoas que acreditavam em suas habilidades de prever o futuro. Dizem por aí que ela acertou sobre os ataques às Torres Gêmeas em 2001, o Tsunami de 2004 e a eleição de Barack Obama em 2008. E segundo suas profecias, o mundo vai acabar no ano de 5079 — isso se não o destruirmos antes.

E para 2025 teremos, pra variar, mais uma guerra, embora desta vez seja a Terceira Guerra Mundial, prevista por todos os videntes desde sei lá quando. Mas a novidade mesmo será que finalmente entraremos em contato com seres extraterrestres, segundo a Baba. Não ficou claro se este contato será via rádio ou se os ETs chegarão até aqui com seus discos voadores. Se vierem, tragam protetor solar e muita água, pois as mudanças climáticas estão fora do controle.

A astrologia é um pouco mais otimista. O planeta regente será Júpiter, conhecido por sua influência benéfica. Além disso, o planeta Urano entra em Gêmeos após 84 anos e segundo os astrólogos isso significa que teremos revoluções no mundo digital e como nos comunicamos. Já vi essa história antes e desembocamos nas redes antissociais, Inteligência Artificial tosca e gente ansiosa por causa do celular.    

Não é preciso ser vidente para ter algum vislumbre do que será o próximo ano e infelizmente não há bons presságios no horizonte. O escritor angolano José Augusto Agualusa, em crônica publicada no jornal O Globo, recomendou que plantemos árvores nos quintais, de preferências aquelas que atraem os pássaros.   

Eu acho que essa é uma boa resolução para este e para os anos novos vindouros. Se ainda restarem quintais nesses tempos de empreendimentos imobiliários horrorosos em que casas não parecem mais casas e apartamentos se transformaram em cubículos.

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