O cãozinho, a enfermeira e o mundo "perfeito" das redes sociais




O vídeo que flagra uma jovem agredindo de forma estúpida um cão da raça yorkshire causou comoção e revolta nas redes sociais. De fato trata-se de uma sessão de torturas ao pobre e indefeso animal que não resistiu à violência dos golpes desferidos pela mulher e morreu bastante debilitado.

As imagens espalharam rapidamente pelas redes com seus usuários clamando por justiça e para que denunciem outros atos de crueldade aos animais – todo este clamor, aliás, justo e necessário: recentemente 15 gatos foram mortos (suspeita-se de envenenamento) em um condomínio em Salvador e no interior de SP um cachorro teve a mandíbula quebrada após ser espancado pelo dono. È preciso punição da justiça para estes agressores.

Voltemos ao caso da enfermeira de 22 anos que agrediu até a morte o cão yorkshire. O que realmente chama a atenção é a descrição do perfil da jovem em seu twitter:



“Sou tranquila, casada, amo meu maridão, meu filho, meus cachorrinhos. Enfermeira por amor. Muuuuito feliz”. Diante de um perfil com tais características, quem poderia imaginar que esta jovem fosse capaz de praticar tal ato?

Zygmunt Bauman, citando Karl Marx, afirma que “a realidade deve ser vista como atividade sensória humana, prática, já que a vida social é essencialmente prática”. Nas redes sociais há construções de identidades das quais muitas vezes não correspondem à realidade ou às práticas de parte dos usuários. Logo, em perfis e fotos do twitter, Facebook e Orkut é muito comum encontrarmos pessoas que se definem como felizes, engajadas, livres de preconceitos, defensoras da ética e da moral e, claro, politicamente corretas.

Quando algum “amigo” dentro desta esfera virtual posta ou pratica algo que vá contra àquela identidade construída, é comum aparecer alguns contatos expressando sua “decepção”, afinal ocorreu uma quebra do encanto – e nem precisa ser algo gravíssimo como este espancamento do cãozinho: "para os jovens o principal atrativo do mundo virtual é a ausência de contradições e objetivos conflitantes que rondam a vida off-line”, novamente recorro a Bauman. Na vida "on-line" praticamente não existem imperfeições -  pelo contrário: a capacidade de reinventar a identidade on-line de acordo com as conveniências ou circunstâncias (por exemplo, aderir a uma causa porque está "na moda") é (também) um dos grandes atrativos que a internet oferece por meio destas redes. Claro que o ato de "construir uma imagem" não é novo e tampouco algo exclusivo das redes sociais, mas estas podem potencializar comportamentos narcisistas por parte de alguns usuários.

Não podemos esquecer que por trás daquele perfil “dos sonhos” exposto nas redes sociais existe um ser humano. Com suas qualidades, seus problemas e suas dualidades. Sim, as pessoas xingam, as pessoas se acotovelam em corredores lotados de shopping centres, às vezes aceleram seus carros acima da velocidade permitida fora do limite dos radares, as pessoas discutem, enfim, é a vida real. E há quem cometa crueldades contra os animais, mesmo que estampe no perfil “amo meus cachorrinhos”.

Em tempo: vários internautas – e não são poucos - estão desabafando sua revolta com xingamentos e ameaças à enfermeira agressora do cãozinho. Que o ato é revoltante e deixa a qualquer um indignado é verdade, mas é preciso tomar cuidado para não ultrapassar certos limites. O caso de um motorista de ônibus de 59 anos que teve um mal súbito ao volante, perdeu o controle do veículo e foi espancado até a morte por dezenas de pessoas revoltadas demonstra bem o que a ira descontrolada pode provocar. Evidente que não comparamos os atos, mas se enveredarmos pelo caminho da barbárie para combater outra barbárie, definitivamente é hora de “jogar a toalha”.

27 comentários:

  1. Concordo ctg, Jaime!
    As pessoas nem sempre mostram o que realmente são!
    Isso seja no "real" ou no "virtual".
    A diferença entre o real e o Virtual é q no "virtual" elas só mostram aquilo q querem q seja visto!

    Abraços e Ótima Semana!!

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  3. Talvez não exista lugar melhor para um indivíduo queimar o seu filme de maneira mais eficiente do que através do Facebook e do Twitter (e do Orkut se a pessoa ainda tiver). Através delas, a gente pode perceber que muita gente vive em uma espécie de universo paralelo. Às vezes, penso que muita gente vive em função do Facebook, em função de mostrar que é uma pessoa feliz, talvez pra se autoafirmar ou coisa assim. Para o brasileiro, o Facebook é mais do que uma rede social onde ele poderia compartilhar um pouco de sua vida. É uma janela para os sonhos, uma fuga da realidade, é a chance de ser aquela pessoa que eles gostariam de ser.

    Pelo título, eu pensei que você fosse abordar mais a polêmica entre as pessoas que defenderam a causa e as outras que começaram a ridiculariza-las. Isto é uma coisa que vem enchendo o saco já. Foi a mesma coisa no caso das fotos dos dias das crianças. Depois teve aquele debate sobre Belo Monte e ano que vem devemos ter por causa das eleições ou qualquer coisa mais ou menos relevante.

    Está faltando mais educação nas redes sociais. As pessoas deveriam agir mais e compartilhar menos. E o que existe ali são massas de pessoas que estão se comportando como fundamentalistas, como se fossem xiitas ou sunitas, capitalistas ou socialistas, e vários outras -itas.

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  4. Muito interessante, Jaime, a sua abordagem acerca do assunto, visto que as pessoas tendem a "se esconder", ou a se "reinventarem" através de seus perfis em redes sociais. Ao ler sua crônica, logo pensei: ainda temos muito o que conversar a respeito do ser humano, da sociedade e do uso das "máscaras"...Creio que isso sempre existiu, mas agora, com as redes sociais, a situação fica ainda mais aparente e questionável. "As máscaras, assim como as conchas, protegem a essência do mundo externo. Mas caracóis ainda são caracóis sem suas conchas!? Também somos, em essência, nossas máscaras!" Super Beijo! Lê

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  5. Jaime, fessô do coração, tá chegandooooo!!!

    Como já disse, adorei o texto e achei bastante pertinente. Você tocou num ponto muito importante e necessário de ser debatido.

    Percebo que nas redes sociais temos dois tipos de internautas que devem ser observados com atenção(claro que tem outros mais, porém aqui só pontuarei esses dois)... os bonzinhos demais, perfeitos, com suaa vidinha totalmente "a melhor do mundo" e os trolls... estava comentando com uma colega de trabalho, hoje, sobre esse segundo e só disse uma coisa para ela "Não alimente os trolls" pq a partir do momento que vc dá ouvidos para as pessoas(no caso do troll em questão, era alguém que ela conhece) que entram no seu perfil, com a intenção de instaurar o caos(sem motivo algum... se é que podemos justificar esse tipo de atitude), essa pessoa simplesmente já se sente vencedora... pois, o que os trolls querem é nada mais nada menos que atenção... como crianças mimadas!!! O outro tipo de internauta é o primeira citado acima, com sua vidinha perfeita. Essas pessoas sentem a necessidade de se reinventarem temporariamente, como já disseram acima, criando um universo paralelo. Não sei dizer o pq... mas, certamente alguém vai dizer que a Freud explica isso direitinho!!!rsrs

    Você pontuou perfeitamente a questão da violência que está sendo estimulada, com essa situação... as pessoas estão perdendo a noção das coisas, estão deixando o bom senso de lado e querendo justificar um erro com outro... como disse alguém(Gandhi???) "olho por olho e o mundo acabará cego", se é que já não chegamos nesse nível!!!

    beijos e ótima semana!

    JoicySorciere - Blog Umas e outras...

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  7. Realmente bem pertinente o seu comentário, confesso que no calor da emoção fiquei "griladissima" com a dita cuja, mas é como você disse não se combate violência com violência. E eu creio que essa mulher pagará pelo crime que cometeu de qualquer forma, sendo presa, afinal a vida social dela nunca mais será a mesma.
    E interessante você citar o caso de outros maus tratos, realmente milhares de animais são maltratados dessa mesma forma todos os dias e não só os animais não humanos, mas os humanos também. Precisamos ser mais coerente e menos sádicos.

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  8. Os perfis, como uma folha de papel, aceitam quaisquer palavras que possam, ali, serem colocadas.
    No mundo virtual é mais fácil criar uma persona, aquela que, talvez, gostaríamos de ser. Mas penso, que mesmo quando dizemos a verdade qualquer pessoa pode ser capaz de cometer atos como aqueles da enfermeira. Claro que não estou justificando os atos da moça, mas qualquer um pode ter seus dias de fúria. É verdade que essa moca ultrapassou os limites da boa conduta, do bom senso e por isso deve ser punida, mas essa punição cabe a justiça, ainda que a gente saiba que a justiça nem sempre seja muito justa.
    O caso do motorista do ônibus é emblemático de como a intolerância pode nos levar a barbárie. As demonstrações de indignação no caso dessa moça são válidas e compreensíveis, mas elas também precisam ter limite para que não acabemos sendo tão hostis e violentos quanto a enfermeira que matou o cachorrinho.

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  9. Eis o grande problema da humanidade: o humano hipocritamente moralista e deficiente de informação.

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  10. Em rede social só existe superego, só quem não marcou encontro pela internet não sabe do que vc falou ai em cima. Olha eu sei que devemos temperar nossos comportamentos e julgamentos levando em consideração a humanidade das pessoas, o problema é que não existem mecanismos eficientes de controle de comportamento, assim alguns psicopatas passam batido, porém sempre aprendi que algumas pessoas violam as convençoes porque querem, e quando tem oportunidade. Para aquela empregada gravar aquele video, deve ter sido meses de tortura com o animal. Não acho que deve haver linchamento, mas que ela deve pagar moralmente por isso acho interessante. No fim das contas ela tirou uma vida, e isso tras consequencias.


    abraço Jaime !

    Te vejo lá no CrÔnicas !

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  11. Jaime, falou tudo meu camarada! A melhor crônica que lí sobre esse assunto.
    Realmente muitas pessoas se mascaram através de facebooks e orkuts da vida, mas na verdade são bemmmmmm diferentes do que querem mostrar.

    Parabens véio!

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  12. Esta segunda vida aparentemente tem se tornado quase uma necessidade, a web se torna então o espaço ideal para dissimularmos nossos defeitos e fraquezas e alimentarmos um "eu" que não existe... Ninguém é o que é de verdade na web, um perfil em uma rede social, por exemplo, denota a imagem que seu criador quer passar de si, esta imagem por ser irreal se transmuta à medida que é exposta para um desconhecido... a fragilidade das reações que tal fenômeno evoca é, ao meu ver, a principal característica de boa parte das relações surgidas neste meio...

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  13. Jaiminho,
    vindo neste horário, meu bichinho!
    Estou com uns relatórios e não vejo outro tempo...

    Gostei bastante da tua abordagem.
    Outro dia minha irmã Bel estava comentando justamente isso. Temos uma conhecida, cujo perfil no face é "rosa", ou seja, cheio de graça!
    Posta coisas bonitinhas, de bem com a vida, sempre no sorriso, fotos lindas, as mais lindas que ela tem, e tudo lindo.
    outro dia minha mana foi num casamento onde essa conhecida estava, mas agora, ao invés de rosa, a mulher era "cinza", desbotada - sem vida, sem palavras, sem risos, antipática, eu diria. Isso, apenas um exemplo.

    Essa louca tem que pagar, e espero que seja diferente do caso Lobo, onde já assinei petição para a existência da Lei Lobo, onde alguém que comete crimes contra animais, devam pagar por esses crimes. O dono do cachorro Lobo, assassinado por ele, pagou 1500 reais e ficou livre, para matar outros bichos. Triste.

    Essa louca tem que pagar e servir de exemplo que as redes sociais têm seu valor sim. E servem como meio de mobilização, o que já te disse logo quando comecei a frequentar o Groo, em algum post em julho, creio.

    Bichinho, ainda não te passei sobre aquela coisa, mas estou com a ideia bem clara, mas sei que levarei tempo, pois quero te passar de uma forma mais inteligível rsrs Mas tudo ok!
    Vamos coisar a coisa, tá bom?

    Beijinhos e te cuida :)

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  14. Jaime, ótimo texto mesmo! Realmente existem muitos outros casos por aí e que ninguém nem fica sabendo...
    Há alguns dias antes do caso dessa enfermeira eu já via assistido o caso do cachorrinho que foi enterrado vivo, e fique com muita raiva de quem cometeu tal barbárie. Então quando levantei pela manhã e vi primeiro na TV o caso dessa enfermeira, juro que nem quis assistir e já vim revoltada para o computador quando me deparei com várias outras pessoas no mesmo estado que eu. Aqui no mundo virtual é a primeira vez que comento sobre tal assunto porque realmente quase nem tenho palavras para descrever o que sinto nesses casos.
    Uma questão pertinente que me veio a cabeça foi sobre quem filmou, eu não teria o sangue frio de ficar assistindo e filmando sem fazer nada, e ver o cachorro morrer na hora da revolta o pessoal só vê o lado maldoso da enfermeira...

    Enfim, sobre esses perfis na internet, realmente alguns esquecem que por trás de um perfil existe uma pessoa, com todos sentimentos que um ser possa ter... A lição sempre é ficar atento e nunca alimentar certas insanidades!!

    Um abraço!!!

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  15. Oi, Jaime!

    Muito tempo sem vir aqui, e vejo que seu blog não perdeu nada na qualidade e na coerência dos posts. Muito boa sua observação sobre as pessoas "reais" que estão por trás das "virtuais". E vou um pouco além. Penso que estar antenado quanto às novidades tecnológicas e acompanhar o crescimento da rede é legal pra quem não quer viver desligado de tudo. Hoje em dia, é importante que tenhamos esse conhecimento e esse contato com o novo, e as coisas têm mudado muito rápido. É preciso acompanhar, nem que seja só para conhecer, principalmente para quem está na área da educação, como nós. Contudo, é preciso estabelecer limites. Muitas pessoas passam a ter uma vida dupla, demonstrando ser quem não são na realidade, e a internet encoberta isso muito bem. Isso não é saudável, e penso que possa até mesmo criar problemas no convívio social das pessoas que adotam esse comportamento. É preciso ter limites e encarar a realidade, sendo o mais consciente possível quanto à pessoa que realmente se é. É muito fácil postar coisas bonitinhas e politicamente corretas nas redes sociais, mas viver o que se publica nem sempre é tão fácil assim, e nem sempre acontece, infelizmente.

    Enfim, adorei o texto e percebi que estou perdendo muito não vindo visitar seu blog mais vezes. Vou compensar isso!

    Abraços, boa semana e bom final de ano pra você!

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  16. Pegando só o viés do perfil dela no facebook. Essa de dizer como você se define é uma palhaçada. Não nos definimos racionalmente, somos uma coisa durante um tempo, somos outra e depois voltamos a coisa inicial revisitada! E assim vai. Temos uma essência, índloe, creio nisso, mas as emoções nos definem na imperfeição!

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  17. LAURA,

    Exatamente isso. No virtual há essa construção. Obrigado, tenha uma ótima semana também!

    ***

    PETERSON,

    Eu sou mesmo péssimo para escolher títulos...rsrs Não é só o brasileiro que mantém esse apreço pelas redes sociais. Certamente é um dos usuários mais ativos – tanto que tomou conta do Orkut. E neste espaço boa parte das pessoas compartilha informações relevantes e irrelevantes – daí o nosso critério precisa estar bem apurado.


    ***

    LÊ,

    Sim, isso sempre existiu. Mas como agora tal construção é “facilitada” e até estimulada, as redes podem levar ao narcisismo – e deixando de lado a essência humana. Gostei muito da citação e da troca de opiniões lá no link do Facebook! Beijão!


    ***

    JOICY,

    Tá chegando, tá chegando...rsrs Você falou nos “trolls” e eu lembrando que até há pouco tempo eu tinha dificuldade em saber o que era isso – é muito comum no twitter, uma ferramenta, aliás, que tenho reduzido o uso. Agora eu conversava outro dia com uma colega e comentei, em tom de brincadeira: “tenho medo deste povo perfeitinho demais na internet.” Uma brincadeira, claro, mas não sei dizer se Freud explica, porém Jung tentou aprofundar na questão dos símbolos – e há pessoas que adotam “símbolos” dentro dessa esfera virtual e assumem características diversas à, digamos, “vida off line”. É debate e conversa que leva mais que hora, uma tarde inteira, o dia inteiro, né?

    E neste caso do motorista de ônibus... revoltante e demonstra o quanto “a massa” pode agir irracionalmente motivados puramente por um senso de justiça um tanto distorcido. É por isso também, embora não justifique aparentemente, que ao acontecer um acidente de trânsito como um atropelamento não muito grave há motoristas que fogem do local temendo serem linchados pelas pessoas no local. O certo é dar socorro, mas e quando a “turba” quer fazer “justiça com as próprias mãos”, o que fazer?

    Beijo e ótima última semana de aulas rsrs

    ***

    KELY,

    acho que não teve uma pessoa que ficasse indignada, revoltada com o que aconteceu. Espero que haja punição para essa agressora. É muita violência veiculada e compartilhada. Não sei se isso “motiva” alguns atos por aí, mas é algo para se pensar.

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  18. LETÍCIA,

    É verdade, todos temos nossos dias ruins e é preciso tentar encontrar o equilíbrio para não sucumbir na violência gratuita e em agressões covardes como a que aconteceu com o cachorrinho. Há uma linha que não pode ser ultrapassada ou tudo se transforma em um “faroeste”.


    ***

    THATICA,

    Muito obrigado pela sua mensagem e que o seu Natal seja de confraternização entre os seus queridos e um ano de 2012 cheio de realizações! Forte abraço e grande beijo!


    ***

    LAIANE,

    Informação tem até demais, o problema é selecionar qual informação é relevante... vai ver seria mesmo “formação” ;)


    ***

    VICTOR,

    Não existem mesmo tais mecanismos. Seria tão “fácil” se existissem, não é verdade? Os encontros reais via internet seriam mais...como dizer, de acordo com o perfil on-line. O lance, na verdade, é procurar não criar expectativas ou idealizar demais as pessoas ou as coisas – e isso vale também para a esfera virtual. Grande abraço, obrigado!


    ***

    ANDRÉ,

    Obrigado, rapaz! E quanta diferença em muitos casos, hein? No orkut então era uma festa de “perfis fakes” rsrs Valeu, obrigado!


    ***

    J.BRUNO,

    Você citou a fragilidade das relações e isso é bastante pertinente, pois na esfera virtual há os comandos “bloquear” e “deletar” os contatos e é muito comum ler nessas redes pessoas escrevendo “vou fazer uma limpeza e deletar um monte de gente dos meus contatos” ou, pior, “que bom se na vida real existisse um botão de bloquear e deletar”. Eis o problema: como essas pessoas irão conviver com as diferenças? Se o caminho mais fácil que muitos querem é apenas “bloquear e deletar”?


    ***

    CISSA, CISSINHA,

    Isso é muito comum mesmo. Não apenas na esfera virtual, obviamente, mas lembrei agora de um radialista que em seus programas era o típico “Capitão Fantástico”, com mensagens otimistas, felizes, moralistas... como eu moro próximo à estação de rádio onde o comunicador trabalha, é comum vê-lo pelas manhãs ao chegar para o trabalho. Certa vez vi esse sujeito destratando de uma maneira tão estúpida um senhor no estacionamento de um supermercado que quase deu vontade de intervir – mas o senhor simplesmente deu as costas e saiu andando pra não arrumar mais confusão. No dia seguinte lá estava o “Capitão Fantástico” com sua mensagem amorosa na rádio.

    Que essa mulher pague na justiça a atrocidade que cometeu. Se bem direcionada e bem utilizada as redes sociais têm o seu valor sim.

    Cissinha, te preocupa com aquela coisa não. Ajeita suas coisas aí primeiro que eu ajeito minhas coisas daqui e assim planejamos a coisa pra mó da gente coisar direito rs Beijinhoooo e te cuida também, nêga! Rs


    ***

    THAINARA,

    Faltam palavras mesmo, não é verdade? E em momentos de raiva até tropeçamos nas palavras, falamos o que não devia e nisso adeus equilíbrio! Parece-me que o vizinho – ou a vizinha – que filmou as cenas já foi até a polícia para prestar esclarecimentos. A pessoa que registrou tais cenas teve realmente muito sangue frio e até, por que não, insensibilidade. E quanto aos perfis, vale mesmo isso o que você registrou: ficar alerta! Um abraço!


    ***

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  19. LUCIANA,

    Você tem ótimos motivos, Luciana...graças às redes sociais – tá vendo? – sei que está passando por um ótimo momento e desejo todas as felicidades para vocês! : )

    Foi bom você citar a educação e o nosso papel hoje nesta sociedade da informação e compartilhamento. Neste sentido somos – ou deveríamos – orientadores para uma geração que vive “conectada” e muitas vezes desconhecem limites. Lembrei-me agora do último ENEM quando jovens foram eliminados da prova por usarem as redes sociais DURANTE as provas – teve até quem tirasse fotos da prova para compartilhar nas redes. Falta de bom senso total. Ou tudo pela “popularidade virtual”.

    Um abraço, obrigado pela visita e comentário e tenha boas festas!


    ***

    Nobre QUINTELA,

    Não vi o perfil da mulher no Facebook. Deve ser por isso também que um monte de gente posta na descrição “quem se define se limita”. Hum...o nosso Michel gostaria disso. Não teria sido ele a escrever tal frase? “Quem se define, se limita” – CLARICE LISPECTOR. Ah, agora sim! :-)

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  20. Excelente e oportuno!
    É impressionante como as pessoas montam uma imagem através da internet e, principalmente, das redes sociais. E eu que pensei que nada poderia ser mais enganoso que os velhos chats... rssss
    Na revista Claudia deste m~es tem uma matéria super interessante intitulada: "Bem-vindos ao mundo cor de rosa do Facebook". Ótima!
    Ao lê-la lembrei de uma pessoa que conheço pessoalmente e no Face.
    Lá na rede social: vibrante, empolgada, entusiasmada, feliz, carinhosa, contagiante.
    Ao vivo e a cores: apagada, carinha amarrada, só ri em fotos, mal cumprimenta as pessoas, tímida. Enfim, apesar de ser uma boa pessoa, bem o contrário do que aparenta na internet. Uma pena.

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  21. Hehehehehehehe... agora que vi que a Ana comentou sobre a pessoa em questão no meu comentário...

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  22. Ai, um saco, viu? Outro dia comentei sobre esse povo CERTINHO, POLiTICAMENTE CORRETO ser um porre!!!

    Parece realmente que todos vivem em um mundo perfeito, que faz cocô cheiroso e acorda sempre penteado e maquiado...

    Não concordo, lógico, de forma nenhuma com o que aconteceu com o pobre cachorrinho, adoro animais e acho que se deve respeitar a vida de qualquer ser.

    Sabe o que acontece? Barbáries todos os dias, na frente dos nossos olhos, recusas da realidade em que vivemos e as pessoas simplesmente se recusam a ver, a enfrentar, preferindo desviar a atenção para outras coisas...

    O que aconteceu com o pobre cachorrinho, a criatura horrorosa que cometeu o fato vai pagar, se não nesse mundo em outro, sei lá, no inferno,na PUTA QUE PARIU, mas aquela enchurrada de "protestos" no FB e twitter não adiantou de nada. De novo toco na tecla, ficar com a bunda sentada e protestar e muito fácil, quero ver meter a cara... O povo alienou de vez!

    Beijocas Jaime!

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  23. Nada como conhecer as pessoas para saber quem elas são de fato e isso só com a convivência e olhe lá. A internet é um grande mercado onde a maioria faz marketing pessoal. Eu particularmente não gosto que me idealizem e há quem diga que faço um 'marketing ruim de mim mesma.' Eu chamo de ser realista e assumir minha condição de humana - e imperfeita. Inclusive posso ousar afirmar que muita gente que expressa revolta e clama por justiça nem é tão modelo de bondade o quanto estampa, é fato que esses casos são chocantes mesmo, mas tem gente que força, isso é comum na internet, se mostrar, fazer auto-propaganda. Depois tudo cai no esquecimento e mostra que até protesto virou modismo hoje em dia. Quando a verdade é que o povo não reconhece, não tem noção e tampouco usa a força que tem pra cobrar seus direitos, nem saberiam como usá-la. Sempre duvidei de pessoas boazinhas de mais, muito politicamente corretas e acho que não há necessidade de se exacerbar qualidades, elas ficam aparente naturalmente assim como nossas falhas. Enfim, mais uma vez adorei ler aqui =) Repassando... õ/

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  24. Jaiminho,
    não fica brabo! rsrs
    Vim por dois motivos:
    1)Se quiser dar uma olhadinha na entrevista que minha mana, Bel, deu para o site do Paulo Cheng:

    http://www.paulocheng.com/2011/12/entrevista-com-jornalista-gaucha-isabel.html

    2) Vou ver se ainda hoje te coiseio a coisa, tá bom?

    Beijinhos, te cuida :)

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  25. Jaiminho, hahahahaha, então quer dizer que vc está aproveitando bem suas férias! Faz bemmmmmm!!! Graças a vc agora eu tbem tenho uma trilha sonora de final de ano letivo! Alice Cooper... hahahahah... mas, como já lhe disse pelo RostoLivro, to numa correria sem fim, por conta da posse do novo concurso. Quem disse que viver seria fácil!? Hahahahah... viver como professor, menos fácil ainnnnnda! Mas, tbem, a gente não colabora, né!? Ta bom, ta bom...

    Ahhhhh, vc descreveu muito bem minha situação “porque imaginei a cara do povo, primeiro olhando sem ação e depois correndo pros lados, perdidos e sem saber o que fazer. Parece cena de filme de comédia, coisa assim kkkkkkk”... foi bem assim mesmo! CENA DE FILME... filme pastelão!! Hahahahah...

    Poxa, sua prima deseja que o bebe nasça no dia de natal? Eu não esperava que o meu fosse natalino... confesso que nem desejava, na época! Tanto é que acredito ter sido esse o maior surto. A data!!! No entanto, hoje percebo que ele não poderia ter nascido em dia melhor. Meu maior presente...

    Aproveite bem suas férias... durma o quanto quiser, fique acordado o quanto achar que deve. Sabe o que eu gosto de fazer quando estou de férias? Ficar acordada a noite toda e dormir por volta das 5 da manhã... nooooooossa!! Acho tudo de bom... adoro poder ver meus filmes e ler durante a madrugada e depois dormir até o horário que achar necessário...

    Beijaããããooo JoicySorciere - Blog Umas e outras...

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  26. Oi Jaime!
    E ai cara..nunca mais passou no meu blog..senti falta dos teus comments1

    Sobre seu post..vc foi bem coerente. Eu fiquei indignada com esse caso mas como estou em momentos sentimentalmente sensiveis não quis ver o vídeo nem saber mais do caso. Crueldade com animais é algo que me perturba muito mais do que crueldade entre humanos. Sério.

    Sobre identidades virtuais..posso dizer que, raras excessões, a maioria das pessoas que conheci são a mesma coisa que vejo no virtual e real. Talvez eu tenha sorte nessas amizades. Ou se somos pessoas sinceras no mundo virtual, atrairemos pessoas sinceras também.

    Mas é fato: o ser humano está em uma necessidade absurda de violência, como se isso fosse parte de si. Ai eu me pergunto: quem é mais selvagem?

    bjs

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  27. Jaiminho!
    Vim aqui especialmente para te desejar um FELIZ NATALLLL!!!!!! para ti e teus papais!
    Tudo de melhor! (come e bebe por mim!)
    Te cuida, meu bichinho!
    No vemos :)

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