"Onde você estava no dia da morte de Ayrton Senna?"

Esta é a pergunta do dia 1º de Maio, este é o assunto recorrente nas emissoras de TV, nos sites pela internet, nas rodinhas do boteco e até na minha caixa de mensagens já recebi os arquivos power points de sempre ( e com a música “tema da vitória” que não agüento mais escutar) lamentando mais um “aniversário da morte” de Ayrton Senna, ídolo brasileiro.

Opa, peraí. Ídolo de quem? Meu mesmo é que não. Aliás, nunca foi. Na verdade, nunca liguei para o que o Senna, o Piquet, o Fittipaldi, o Rubinho ou seja lá quem for faz ou já fez nas pistas de corrida. O fato de um sujeito pilotar um carro a 300 km/h não o torna meu herói ou ídolo que “leva o nome do Brasil ao lugar mais alto do pódio”. Exemplo de superação e dedicação? Ora, corta essa!

Também não consigo entender por que cargas da água o brasileiro precisaria de ídolos como pilotos de corrida. Fórmula 1 não é um esporte como o futebol, onde qualquer grupinho de crianças num canto qualquer chutando uma lata já é final no Maracanã. Dá para entender a identificação que o brasileiro tem com o Pelé, com o Ronaldo, com o Romário: uns moleques que fugiam da escola ou brincavam lá no campinho de terra e tornaram-se milionários. Se eles puderam, teu moleque também pode vencer na vida batendo uma bolinha, sacou a ideia?

Vai ver aquela propaganda comercial de uma distribuidora de combustíveis esteja certa: “apaixonados por carro como todo o brasileiro”. Fórmula 1 é elite. Automobilismo, em geral, é para que tenha boas condições financeiras, como o pai do Senna. Mas graças a um “empurrãozinho” da Globo ( o brasileiro gosta de F1 ou gostava só do Senna?) e a esta referida “paixão” por carros, o Senna virou ídolo máximo no Brasil, virou até referência de bom motorista, do tipo “ o cara é um Senna no volante”.

Pensando bem, o automóvel por estas terras é um modelo de ascensão social. Carro, por aqui, é status, é "poder". E ver um cara a 300 km/h ultrapassando todo mundo, fazendo manobras arriscadas e sendo admirado por tudo isso talvez faça parte do imaginário daqueles que adorariam fazer o mesmo mas não podem por conta dos congestionamentos, motoristas lerdos, ruas esburacadas e, ah, a lei...

Eu sei, eu sei, tem muitos fãs do Ayrton Senna que de alguma forma chegarão aqui e contestarão esses meus pobres e sinceros escritos. Não faz mal. É justo que xinguem, esperneiem, me mandem para el paredón de Tamburello ou roguem praga. Só não vale xingar a mãe, que aliás é fã do Ayrton Senna, daquelas que passavam a madrugada assistindo os grandes prêmios disputados lá no Japão ou Austrália, sei lá.

Mas deixo a sugestão: no dia dos Trabalhadores, seria muito justo que a rodovia em São Paulo volte a ser chamada de “Rodovia dos Trabalhadores” ao invés de Ayrton Senna. Ou até “Rodovia Tamburello”, para lembrar aos “Senna do volante” o que o excesso de velocidade faz.

40 comentários:

  1. A memória já está meio "embaçada", mas não foi o Brecht que disse "Pobre da nação que precisa de heróis!" ?

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  2. Muito Bom seu ponto de vista!
    Pior que eu era criança e já contaminada pelo mídia.
    Se eu estava asssitindo na hora do acidente eu não lembro, mas acompanhei todo o processo até a noticia da morte.
    Que ele tem seus feitos e é acima da média no seu esporte, é incontestável. Mas o fato é que é muito exagerado a forma de que tratam esses "hérois"...
    É como os brasileiros substimassem a própria capacidade de alcançar algo!

    Valeu pelo coméntario no blog.
    Eu não registrei nenhuma das composições por incrivél que pareça.
    A princípio só penso em mostrar coisas que normalmente ficariam guardadas pra mim mesmo.
    Se alguém se interessasse, seria até bom de certa forma.

    Abraço!

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  3. Adorei seu texto, como sempre um tapa na cara, bem dado , que com certeza chocará alguns leitores.

    Se quiser retribuir a visita , fique à vontade...
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  4. Fala, Groo. Acho que a mídia precisa criar heróis e vilões sempre, a vida precisa parecer com histórias de filmes para ser divertida ou emocionante. Se bem que criar heróis é nossa praia, não vê Tiradentes? Agora os mineiros vão querer me bater. rs

    Não acompanhei o Senna. quando ele morreu eu tinha uns 5 pra 6 anos, não tenho muita memória do fato em si. Sei que ele era um ás no volante e era excepicional em seu profissão, mas concordo com vc que a F1 não é um esporte de massa como o futebol e nem deveria ser tratado como tal. eu particularmente acho F um saco. rss

    Enfim, "meus heróis morreram de overdose" mesmo. Uma pena, mas sempre sigo o que deixaram de bom e não pretendo morrer antes dos 9 mil anos, ou seja serei uma criança perto do Niemeyer. rsrs

    Abração!

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  5. Eu era uma criança recem casada (primeiro casamento), grávida de dois meses, na cozinha, desesperada, tentando acertar um arroz, quando o ex gritou abafadamente "Puta merda!"

    Ídolo global, nada mais. Figurinha de álbum.

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  6. Pois é, Groo... Parece que foi ontem que o "Ayrton Senna do Brasil" passou dessa pra melhor.

    Eu tinha 17 anos, fazia parte de um grupo de adolescentes na igreja e tava me preparando pra ir pruma reunião, quando o boletim com a morte do cara foi anunciado. E aí, dá-lhe por quase uma semana o Tema da Vitória tocado à exaustão. E dá-lhe caixão desfilando em carro aberto. E dá-lhe manifestações públicas de tristeza e patriotismo. E dá-lhe "Canção da América" executada 3.999 vezes por dia. E dá-lhe a Xuxa posando de matriz e a Galisteu de filial. Sei lá, mas acho que o Brasil gosta de ídolos sim, mas gosta muito mais de funerais...

    Nunca fui muito ligado em esporte e conheço gente que nem sabia o que era F-1 até o Senna morrer. Até quem não era fã "endeusou" o cara com a partida dele.

    Caraca, 15 anos! Tô ficando véio...

    Abração!

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  7. Eu não lembro absolutamente nada.
    Era muito minininha hehehe

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  8. Merci!
    Vá sim! Depois me conta; e não disfarce, não: 'tá me devendo um acarajé; quando eu for à BA, te aviso e cobro!...rsrsrsrsrs
    BJS!

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  9. otimo ponto de vista,mas eu realmente nunca gostei dessas coisas xD

    eu nem lembro,era muito novo xD

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  10. eu tbm nao o tenho como um heroi, nem gosto mto de formula 1, acho que as palavras idolo e heroi tem sentido diferentes, porem, as vezes se misturam

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  11. grande homenagem... e tirinha engraçada... ótimo blog... abraço

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  12. bela homenagem hein groo!

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  13. Eu era pequena, não lembro exatamente onde eu estava.
    Basicamente, gosto muito de F1 - hábito herdado dos meus pais - e, tirando o fato de F1 ser um esporte para ricos, não são muitos os caras que ficam a 300 km/h num carro que, se der algum problema, pode bater e o piloto morrer, não é?
    A questão é: vivemos num país sem nenhum exemplo positivo. Político ladrão pra lá, marginal impune pra cá, em quem as novas gerações vão se espelhar? Pode ser Senna, Pelé, Ronaldo ou até mesmo um ministro do STF, não importa.
    Eu não concordo em algumas coisas no seu texto (mas não vou xingar, espernear nem mandar vc para el paredón de Maranello), porém deixo uma questão interessante: se estamos falando de um esporte que não é acessível à maioria da população, porque quando chegam as Olimpíadas, as pessoas comemoram um ouro em hipismo, iatismo, ponho até ginástica artística nisso, sendo que não são esportes de massa? Qual seria o motivo?

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  14. Cara, eu não me lembro muito do Senna não. Digo, não de uma memória minha, se é que consigo me fazer entender, só consigo lembra dele quando a TV me remete a isso.
    Mas o Brasil é carente de heróis mesmo, né, gente. Deixa ele, pô.

    Crônica máxima, como sempre.
    Beijos.

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  15. Eu não acompanhei nada do Senna, eu era muito pivete quando ele morreu.

    Mas sou fã de carteirinha de F1. Comecei a acompanhar no início da era Schumacher. E desde então não perco quase nenhuma corrida.

    Se eu gosto do esporte é pela emoção que ele me traz. É pelo mesmo motivo que eu continuo torcendo pelo Atlético Mineiro, que eu curto pra caramba tênis, adoro basquete. Simples emoção...

    E aqueles que se destacam nas coisas que eu gosto ganham status de ídolos, de heróis... Senna foi um heróis para muitas pessoas, por admirarem o trabalho que ele fazia...

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  16. como vc disse... ele eh um ícone.. sem dúvida o maior piloto brasileiro que já existiu...

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  17. bom ele foi sim durante aquele periodo um herói pois todos paravam para vê-lo triunfar, pois viviamos um periodo muito ruim na economia. Heróis são aqueles por quem paramos de fazer algo só para vê-lo. E com o Senna foi assim até anunciarem sua morte!

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  18. Seu texto ficou bom, expressou muito bem sua opinião. O bom é isso, ao invés de seguir a maré e dizer coisas que você sabe que vão agradar a todos. Você tem todo direito de ter uma opinião diferente da maioria.

    Um abraço!

    http://daniel.a.s.zip.net

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  19. Groo...Fiquei impressionado com o seu comentário! Excelente. Tá melhor do que o texto. Valeu mesmo! E não é que vc comentou até no outro blog. rs Eu tomei um susto quando te vi por lá. Aquele lugar é frequentado por pouquíssimas pessoas, vc deve ter percebido. rs Normalmente acham aquele blog pelo meu perfil. rs MAs enfim, fiquei extremamente lisonjeado por ter ído lá e até comentado. rs

    E sobre as mácaras: Simplesmente descobri que elas não existem. Somos sempre nós em essência, o nosso lado brincalhão, o lado negro, o lado rígido, o lado triste, somos nós e não máscaras. Acho que foi isso que me perturbou um pouco.

    Enfim, valeu cumpádi! rsr

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  20. Este comentário foi removido pelo autor.

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  21. Adorei a forma como tratou dessa questão. É comum os brasileiros adotarem ídolos pra esquecerem um pouco da realidade (que normalmente é dura) e terem um "herói", mas que nem sempre inspira alguma coisa... Não desconsidero a habilidade do Ayrton Senna. Ele era mesmo muito bom na F1, mas existem muitos e muitos brasileiros muito bons em alguma coisa também, mas que não aparecem na televisão... Essa questão de ídolo é às vezes muito injusta.

    Um abraço!

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  22. Eu adorava o Senna. Comente isso no meu último post. Eu era fã dele. Aoós o seu falecimento, nunca mais assisti a uma corrida...

    Abs!

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  23. Mas tem certos pontos de vista que eu me discordo, sabe. A sociedade brasileira realmente precisa de alguém que seja visto como um herói, que venceu na vida, fez do impossível possível e blábláblá. A mídia precisa incorporar alguns mocinhos e vilões de vez enquando para esquecermos os fantasmas sociais que nos assombram, não é mesmo? -q
    Realmente, Fórmula 1 é coisa de elite. É MUITO difícil uma criança da favela conseguir ser piloto desse tipo de corrida. E se alguma um dia conseguir, deveria ser chamada de herói. E ponto.
    abraços

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  24. Nunca se pode esquecer, amigo Groo, que Senna era branco e rico, dois ingredientes essenciais à figura heróica pela qual se anseia, no Brasil, desde o século XIX.
    Senna não representou, para este país, o que Pelé representou, por exemplo. Foi Pelé que criou a dimensão esportiva internacional para um país que não sabia exatamente o que era competir com destaque. Mas sei que não é esse o ponto.

    Nunca gostei de F1. Nunca sequer considerei um esporte, mas demosntrações de habilidade em uma máquina que quase voa. Senna deu muita sorte. Pegou a mídia (com todo o aparato tecnológico, cultural, político e econômico) já quase madura, e ela elevou o piloto à estratosfera. Ronaldo se deu melhor.
    Fico imaginando o que seria de Pelé, se hoje tivesse 25 anos. Seria o maior casamento entre ídolo e mídia da história.

    A propósito: no dia em que Senna morreu eu estava dormindo. Minha ex-mulher, que adorava F1, chorou. Ao acordar, apenas com um clichê verbal, ao vê-la em prantos, perguntei quem havia morrido. Nunca me interessou isso.

    Abraço.

    Grijó

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    1. Grijó, no começo do seu comentário a impressão que me deu foi vivemos em países diferentes, meu prezado... ser branco e rico representar figura heróica? Isso me parece coisa de quem vive no Brasil Colônia.... *risos*

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  25. Eu me lebro, foi muito marcante. Gosteo demais do seu blog. acompanho agora! abraço!

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  26. Sensacional!

    Bah, eu quando era gurizinho gostava muito do Senna. Hoje, não mais.

    Alias, o Piquet é mais divertido, mas foi endemonizado, porque não era gentil com a Globo (Alias, sejamos sinceros, Piquetzão não era gentil com NINGUÉM!)...

    Gosto de F-1, tanto é que Senna se foi, e continuo acompanhando E SEM TORCER PELO MASSA!Acho rídiculo chamadas "Vamos torcer pelos brasileiros Felipe Massa e Barrichelo" Porra, eu torço para quem eu quiser!Se eu quiser, torço para o Sutil, para o Vagaroso Monteiro!Mania de querer pasteurizae tudo, até torcida!

    Excelente e corajoso o texto, e obrigado pela vista tão solene em meu humilde blog!

    =D

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  27. Entendi seus argumentos, mas acho que mesmo assim isso não tira o mérito e o exemplo que um atleta pode ser.

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  28. Bom mesmo era se nossos heróis fossem os caminhoneiros que, a despeito de nossas estradas, das bolinhas que são obrigados muitas vezes a engolir para darem conta de entregar as mercadorias nas nossas cidades em tempo de não ser penalizados pelo patrão guloso por fretes e lucros.
    Comigo se deu um fato curioso. Era o Congresso Estadual da CUT MG e estávamos no Mineirão, milhares de pessoas discutindo exatamente os rumos da classe trabalhadora no país. Aí, veio o anúncio do acidente, arranjaream um aparelho de Tv e, adivinhe? O congresso parou para assistir e o clima de consternação tomou conta dos dirigentes dos trabalhadores. Senna se foi e os trabalhadoroes sifú. (desculpe o mau jeito). Paz e bem.

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  29. Olá!

    Pois é, estou aqui, firme e forte, na maratona de comentários atrasados, sorry!

    Esta foi uma das postagens mais geniais que eu li por essas bandas de cá. Veja bem, eu disse UMA DAS e não A MELHOR, vice?

    Antes de mais nada, friso que Senna tanto faz como tanto fez, não amo nem o odeio.

    A genialidade a qual eu me refiro é esta perfeita relação que você conseguiu fazer entre o esporte, a elite, o empurrão Global, enfim, perfeito!

    Algumas pessoas falam que deveria haver mais pilotos brasucas na F1, mas não é simples assim.

    No futebol, o pai separa um 'cadim' de grana que sobrou, compra uma bola dente de leite e dá para a mulecada brincar, afinal, ele já tem a quantidade de jogadores perfeita para montar um time! rs...

    Agora, imaginemos este mesmo pai comprando um Kart e dando para essa penca de crianças brincar... não dá, não é mesmo?

    Eu desejo que o Senna descanse em paz e gostaria muito que as pessoas parassem de celebrar a morte. Já que resolveram colocá-lo no pedestal de ídolos, por que não comemorar seu aniversário de vida? sei lá!

    Povo estranho...

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  30. tava vendo tv, quando saiu o plantão, eu chorei, era meu grande idolo na epoca e continua sendo ate hoje um dos maiores

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  31. Estava rolando micareta na minha cidade e eu dormia no momento do acidente. Todo mundo ficou triste, mas a festa não parou por causa da morte dele! rsrs

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  32. Não admirava o Senna pelo nacionalismo dele e sim pelo caráter e pelos projetos sociais.

    O Brasil está cheio de ídolos (Xuxa, Faustão, Ivete, Zeca pagodinho...) O que é que eles fazem pelo "Brasil que tanto os ama"? Nada.

    A Xuxa tem uma instituição de caridade mas não é nada demais. Acho que quem tem uma visibilidade e muito dinheiro deveria investir mais na solidariedade com um detalhe: nada de repórteres para promoverem a sua filantropia.

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  33. Na mesma hora em que ele morreu, um guarda roupa caiu em cima de mim e do meu primo, graças a Deus nao aconteceu nada com a gente... alem de uns arranhoes...
    bjos

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  34. Cada indivíduo tem direito à sua opinião, isto é certo, também é correto parafraser brecht "pobre da nação que precisa de heróis".. mas daí a contrapor um jovem brilhante que trabalhou duro para tornar sua profissão mais igualitária em termos competitivos e mais segura dentro das limitações possíveis a um esporte de risco é um pouco de exagero.
    Tive a boa-sorte de conhecer o Beco pessoalmente, pessoa gentilíssima, empresário competente e admire-se honesto (isso mesmo, no Brasil ainda tem ou tinha empresário honesto), competidor sim, e quem não o é??? mas leal acima de tudo, com grande consciência social, sem assistencialismo ou demagogia barata.
    Não era um herói, era alguém a ser admirado, para muitos o imaginário do bem-sucedido, para outros apenas um corredor (mais um como mencionou) o fato é, como você mesmo pontou, não se interessa pelo esporte, então te falta argumentos para compreender o que é ser considerado "O MELHOR"não apenas entre, mas principalmente pelos melhores.

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  35. O Senna não é considerado um herói por ter corrido a 300 p/h, e sim pelo simples fato de lembrar ao mundo a quem ele representava a cada vitória conquistada, pelo fator humano que ele sempre representou, ora nas pistas ora fora delas quando iniciou o projeto em que sua irmã abraçou e que hoje ajuda milhares de crianças espalhadas por todo o Brasil, país que ele nunca negou suas origens.
    obrigado!!
    Carlos R. Da Silva

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  36. Rapaz... uma coisa que me impressionou nesse seu comentário (na verdade foram várias, mas vou destacar essa em particular) foi o seguinte trecho "Exemplo de superação e dedicação? Ora, corta essa!" Exemplo de superação e dedicação sim, meu colega...porque se destacar num esporte elitista e extremamente competitivo é sim um exemplo de superação... coisa que você meu prezado, não tem...porque se tivesse, estaria num jornal de destaque, escrevendo para a grande mídia, e não sendo um blogueiro frustrado ocupando o seu tempo em escrever essas bobagens (que por sinal, vejo que muita gente se identifica com elas) Na figura que você apresenta para ilustrar o seu texto, apesar de não se considerar torcedor você exemplifica bem o rapaz em frente da TV...

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  37. Já faz tempo esse post, mas ainda tem gente que acessa e chega até aqui, por isso merece uma resposta de acordo.

    Posso até não concordar com o que afirma, mas defendo seu direito de falar.

    Assim como disse uma pessoa ali acima, por não gostar do esporte, falta muito para compreender quem foi o Ayrton e o porque de tanta admiração. Questionar por questionar, sem conhecer, qualquer um o faz. Falar por falar, até papagaio faz.
    Isso que você fez, enquadra-se em "Preconceito", pois não tem conceito do que é, e por uma simples destoancia de seu gosto, credo ou idealismo, condena algo.

    Considerações inciais:
    1 - Ídolo: Não necessita ser unanimidade entre todo mundo, caso contrário, não existiria um sequer.
    2 - Ayrton Senna não somente pilotava um carro a 300km/h. Percebesse que não conhece nada a respeito dele ou da história de vida dele.
    3 - Não é somente por ele ter sido piloto que era conhsideradp uma estrela.
    4 - Os comerciais e propagandas se aproveitaram da imagem dele, e não o contrário.
    5 - Não gosta da música 'Tema da Vitória'? É simples, quando tocar, saia de perto.
    6 - Com todo o respeito que posso lhe oferecer, você não tem idéia do que seria justo ou da plenitude do que é a Justiça.


    Sinceramente eu não sou fissurado em automóveis como geralmente são os Brasileiros.
    Mas gostava muito de assistir F1, nos tempos em que o Ayrton era piloto, e sabe porque?
    Admirava o patriotismo dele, que sempre ostentava um símbolo do Brasil onde quer que estivesse. Diferentemente de quase todos na época, que tinham vergonha.
    Admirava a humildade daquele homem. Sempre dizia que tinha algo mais a aprender e se preocupava se não estivesse aprendendo, principalmente como pessoa.
    Admirava o respeito que tinha com as pessoas.
    Admirava o carinho e o sorriso sempre na face dele, independentemente da pessoa a qual ele estava vendo.
    Admirava a preocupação que ele tinha com a pobreza, auxiliando crianças e adolescentes carentes.
    Admirava o amor que carregava no peito, do lado esquerdo.
    Admirava a persistência, garra, esperança, perceverança, vontade de vencer dele.
    Admirava o caráter, moral, intelecto, o lado espiritual, os valores dele.
    Admirava ele porque falava a verdade, mesmo causando ira em alguns 'grandes' políticos na F1 da época. Não compactuava com coisas erradas.
    Admirava e continuo admirando.
    Como todo ser humano, ele tinha defeitos, mas suas qualidades eram muito maiores.
    Entretanto, depois daquele acidente, não assisti mais F1.

    Se quiser falar de todo o marketing que envolve os esporte, fale, pois é verdade. Mas, lembre-se de colocar cada coisa no seu devido lugar. O Senna não explorou isso. E quando for falar de uma pessoa, conheça a história dela (conheça-a profundamente) e respeite-a da maneira com a qual você gostaria de ser respeitado, principalmente se não estivesse mais vivo para poder se dar uma réplica que seja.

    Seria justo alguém fazer com você o que você faz com os outros? Examine bem profundamente isso, pois é o que está propenso a acontecer. Lei da vida.

    Seja feliz.

    Abraços,

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