Alguma coisa está acontecendo.



São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Brasília, Santiago, Istambul, Atenas, Nova Iorque.  Milhares de pessoas têm tomado as ruas das grandes cidades em protestos por diversas causas importantes – educação, política econômica, mobilidade urbana, direitos sociais, justiça. 

E muito mais. Logo, as manifestações do movimento “Passe Livre”, contra o aumento das passagens de ônibus nas grandes cidades brasileiras, assumem um caráter bem mais amplo do que o acréscimo de centavos no valor das tarifas. As pessoas protestam porque estão insatisfeitas com alguma situação (ou várias situações) e você até pode perguntar: “Ah, mas só agora? Por que não houve protestos contra os péssimos modelos de saúde, educação e segurança pública, corrupção?”.  Talvez a Copa do Mundo ajude a entender isso. 


Em 2007, quando foi anunciado que o Brasil seria o país sede para a Copa do Mundo de 2014 houve um clima de euforia muito grande sobretudo dos governantes, que logo se apressaram em falar das vantagens e do famoso “legado” da Copa em um país que prometia o “espetáculo do crescimento”.  Em quase 07 anos que separam o anúncio da FIFA à realização da Copa, os brasileiros continuaram consumindo – aparelhos eletrônicos, automóveis, imóveis - mas o “espetáculo do crescimento” não se confirmou: políticas eficazes para setores fundamentais como Educação, Saúde, Segurança Pública e Transportes estagnaram e, em alguns casos, até pioraram. Enquanto aquelas políticas públicas prosseguiam praticamente paralisadas, as obras para os estádios ( e só para as "modernas arenas") da Copa seguiam aceleradas e dinheiro nunca foi problema para os governos, empreiteiras e construtoras - os valores financeiros envolvidos com o mundial da FIFA são espantosos

Claro que o país experimentou avanços sociais na última década; no entanto, o sentimento de insatisfação parece ter chegado ao ápice quando estádios caríssimos foram inaugurados sem as decantadas obras de infra estrutura nas cidades e com promessas de melhorias nas cidades ( e no país) bem distantes da realidade - vejam o que aconteceu com a seleção do Uruguai em Recife para a Copa das Confederações. Não se trata, aqui, de superestimar um torneio de futebol e acusá-lo como responsável por todos os males: o exemplo da Copa demonstra que as pessoas sentiram-se desamparadas (mais do que normalmente acontece) pelos poderes públicos. O “tudo pela Copa” foi levado às últimas consequências pelos governos e com isso a rejeição do brasileiro ao evento é crescente: a Copa do Mundo no Brasil é uma espécie de “catalisador de emoções” em que as mais simples manifestações virtuais como “tem dinheiro para a Copa, mas não tem para a Educação” (ou Saúde, mobilidade urbana, segurança, etc) acabaram ganhando as ruas em um sentimento coletivo de indignação e frustração. 


Na África do Sul, durante a Copa de 2010, o país praticamente parou – não para assistir os jogos de futebol, mas por causa das greves e manifestações. No Brasil não seria diferente e os protestos já começaram às vésperas da Copa das Confederações, um evento-teste da FIFA para o campeonato mundial. Os protestos em São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país, foram destacados nos noticiários internacionais (inclusive com a truculência da polícia em São Paulo) e têm gerado discussões e questionamentos sobre o que acontece de fato no Brasil além da pujança consumista - e as diversas manifestações que têm acontecido, como a marcha das vadias  e passeatas contra a homofobia e violência no campo demonstram isso.  Para um país que passou anos de sua história recente em regime autoritário - e com um histórico onde movimentos populares de protesto sempre foram duramente repreendidos - estes movimentos são muito significativos. 


E “essa coisa que está acontecendo” no mundo, onde vai dar? Muito do que tem acontecido encontra origem no que é chamado de “cultura da convergência”, termo criado pelo professor Henry Jenkins. Segundo o acadêmico norte-americano, tal cultura “refere-se ao fluxo de imagens, ideias, histórias, sons, marcas e relacionamentos através do maior número de canais midiáticos possíveis”.  Estes canais midiáticos – celulares, redes sociais, vídeos – estão cada vez mais disponíveis e as pessoas têm compartilhado informações e arquivos diversos de forma colaborativa. A internet é o meio ( lembre-se de McLuhan com “o meio é a mensagem”) e a interação entre os espaços virtuais com os espaços públicos é essa “coisa que está acontecendo”.  


E vai dar certo, vai resolver alguma coisa? Como acontece em todas as revoluções – e este é um período revolucionário, pois estamos modificando formas de comunicação e até mesmo de comportamento -, talvez os resultados não sejam imediatos, mas na Islândia deu certo: com a crise econômica e com a falta de confiança da população nos partidos políticos (o que já começa a acontecer no Brasil, vide os elevados índices de abstenções de votos nas últimas eleições), os islandeses saíram às ruas e as mudanças aconteceram – desde a queda do primeiro ministro à elaboração de uma nova Constituição com participação popular via internet.  Evidente que a Islândia é um país pequeno, com história milenar e elevados índices de desenvolvimento humano (IDH), mas o exemplo pode servir de inspiração. 


Como escreveu Henry David Thoreau, “o direito à revolução é reconhecido por todos, isto é, o direito de negar lealdade e de oferecer resistência ao governo sempre que se tornem grandes e insuportáveis sua tirania e ineficiência”. O escritor norte-americano publicou “A desobediência civil” em 1849, mas certamente compreenderia o que é “essa coisa” acontecendo. 

15 comentários:

  1. Essa sempre foi minha voz Jaime. Quando eu começava a falar sobre Copa do mundo, Olimpíadas e todo caos na saúde, educação e segurança, fui taxada de chata por várias vezes, na internet e por pessoas próximas. Me calei por achar que "falava sozinha" no mundo e que o tal "Contrato social" vigorava fortemente na nossa geração, com a face do capitalismo mais gritante do que nunca... Não posso negar a imensa satisfação de ver vozes como a minha se levantando e gritando pelo mundo.
    Acho que as pessoas andavam tão passivas à dominação do Estado que essa onda de protestos acaba assustando. A mídia ajuda a difamar os atos de protestos taxando como vandalismo o que por direito temos assegurado pela Constituição de 1988, mas não difama o que o Estado faz com as pessoas silenciosamente. Pagamos impostos absurdos, somos obrigados a votar, transporte é um caos e as passagens são caríssimas, saúde não existe e educação eu não preciso nem falar... Será que o vandalismo não é isso? Vandalismo contra o humano. Ano passado meu padastro morreu em um Hospital Municipal, aqui no Rio de Janeiro, por falta de atendimento, ele apenas quebrou o fêmur e mais de um mês depois não havia sido operado, pegando uma infecção hospitalar e falecendo. Eu considero isso um ato de vandalismo, contra o ser humano, que no meu ver é mais importante que qualquer bem material.

    Alguma coisa está realmente acontecendo Jaime! E eu estou adorando isso...

    Bjus! Adorei esse texto!

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  2. Sempre tive interesse pela política desde pequeno, mas só de uns poucos anos para cá, fui deixando de ser tão leigo e perceber que partido governava a favor de qual grupo social a despeito de outro. Por muitos anos tive aquela visão de um PT “comunista” e opressivo onde as pessoas tinham que agir de acordo como o governo ditasse. Só fui começar a simpatizar com o PT quando o Lula finalmente venceu uma eleição presidencial e o Brasil parecia viver um momento de autoestima em alta pois o país parecia estar se desenvolvendo, gerando emprego e renda, saldando a dívida com o FMI, tirando milhões que vivem na extrema pobreza, e a eleição do país como sede da Copa do Mundo e das Olimpíadas, ao meu ver, foi o marco internacional do desenvolvimento do país...

    Claro que muita coisa boa aconteceu, mas o PT se perdeu. Estou insatisfeito com a gestão da Dilma por estimular o subsídio a futilidades como eletrônicos, especialmente tablets, enquanto a saúde e a educação continuam precárias. Para piorar a situação, a população em geral, ainda não sabe votar e vivem repetindo os mesmos clichês seculares de que “todo político é corrupto e blá blá blá”.

    É assustador o quanto somos infantilizados em relação a política. Não tenho a menor esperança de que um dia a gente vá deixar de pender entre o militante fanático e o brasileiro derrotista que tem horror em conversar sobre o assunto devido ao clichê do político ladrão.

    Estas manifestações podem sinalizar o desgosto da população com seus governantes e pode ser que até mudem alguma coisa, mas eu sinceramente, duvido muito. Acho que só uma revolução mesmo poderia colocar este país nos trilhos, mas antes de qualquer coisa, a população deveria estar ciente do que ela quer e espera do Brasil, o que é muito complexo. Isto demanda um uso extraordinário uso de bom senso e de conhecimento e, pra piorar, nossa educação pública não é das melhores e a educação particular também não, pois as lições de cidadania são deixadas de lado e o foco é, basicamente, passar no vestibular e, muitas vezes, também são centros formadores de idiotas.

    Estamos a beira do insuportável. Parece exagero, mas tenho horror só de pensar que, daqui há alguns anos, vou viver em um país polarizado entre PSDB x PT; onde para barrar a aprovação de leis a favor do aborto, da classe LGBT, ou de qualquer uma das várias coisas que ofendam os conservadores, a bancada religiosa ganhe cada vez mais peso na elaboração de leis neste país e nos tornemos um país laico de jure e teocrático de facto. E além de nos curvarmos aos mandos e desmandos da FIFA e das birras do seu secretário-geral, ainda teremos que agir como bobos alegres, pedindo licença dentro da nossa própria casa para “melhorar a nossa imagem lá fora” (discurso de BBB) e mostrar que o nosso país é uma maravilha. Somos um país que se segrega entre si e lambe da bunda de quem vem de fora.

    Enfim, escrevi praticamente um post em um comentário, mas é tanto absurdo acontecendo e a população é tão passiva, que vive preocupada demais em manter sua “felicidade” intacta que fica difícil de acreditar que um dia teremos a civilidade, o bom senso e o desapego ao consumismo de um país discreto e desenvolvido como uma Holanda, Suécia ou Finlândia da vida...

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  3. Jaime, querido amigo!
    Fiz uma primeira leitura e retorno com toda calma que tua produção literária merece.

    Grande beijo e ótimo fim de semana!

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  4. Texto lúcido e irretocável! Dizem que o "povo brasileiro não tem memória, é passivo e só reclama mas não faz nada", mas é com um pouco de esperança que vejo uma mudança, mesmo que lenta, acontecendo. E já não me sinto sozinha com minha opinião, neste cenário.

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  5. Primeiramente, parabéns pelo texto. Informativo e muito bem fundamentado.
    Essas manifestações são de indignações. É o retrato do descontentamento, do desencanto do brasileiro.
    Nesse país onde em tudo se quer levar vantagens. Onde a miséria, onde o feio são varridos para debaixo do tapete. O país dos superfaturamentos. O país das canalhices políticas. O país dos descaso com mais necessitados. O país das esmolas sociais. O país túmulo Educação. O país da inexistência da saúde e por aí..
    Esses protestos( que a mídia podre ,que mama nas tetas do governo, chama de vandalismo)são os gritos dos excluídos.
    Muito está se dizendo por aí que é por questões políticas, mas o que fazemos que não é político? Essas desculpas esfarrapas não colam. É direito do povo protestar.
    Lembro-me de um episódio aqui no Rio, em que o governador Cabral, chamou os bombeiros de vândalos porque estavam protestando por melhorias. E sempre a mesma desculpa de que foi por motivação política. Cinismo puro!
    É bom que isso esteja acontecendo. É muito bom incomodar. Lembro-me agora, da frase de Martin Luther King "O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética.. O que me preocupa é o silêncio dos bons."
    E que isso seja só o início..Não que seja lindo essa quebradeira, violências..Mas, não se constrói uma democracia verdadeira, justa para todos,com flores perfumadas.

    Beijão,Jaime!Dani

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. (exclui o comentário porque eu havia comentado com outro perfil)

    OLá Jaime Guimarães , boa tarde, meu querido!

    Já inicio te cumprimentando pela crônica altamente irretocável, em todos os sentidos. Tão boa, e tão lúcida que deveria figurar em editoriais de revistas ou jornais de grande circulação. Em seu texto, não há sarcasmos e ironias tão comuns em abordagens sobre o mesmo tema, em que alguns escritores ou jornalistas, parecem buscar "fazer a cabeça" do leitor de acordo com verdades próprias, pretendendo transferi-las para quem o lê, num arremedo de "fazedores de opiniões". O Professor escritor, Jaime Guimarães, se revela assim, em sua crônica inteligente e verdadeira, um educador por excelência porque a sua crônica faz pensar, faz raciocinar. Penso que essa é uma grande missão dos que escrevem já que com suas idéias, alcançam com o campo mental de seus leitores.

    Creio que é chegado o tempo de mais uma das grandes transformações que visa modificar o cenário mundial, e também o pensamento dos povos. E nenhuma transformação, ou modificação se faz sem protestos, sem mobilizações. O poder transitório sofre abalos em sua estrutura, de forma como nunca antes se teve notícia, e isso, a meu ver se deve a revolução digital em todos os níveis, que ampliou, e facilitou a comunicação. E não falo da comunicação jornalística e da mídia televisiva , que é quase toda manipulada por interesses comerciais, ou governamentais, mas da comunicação entre as pessoas, do povo, através da internet, que possibilita a milhares de pessoas manifestarem seus pensamentos, tanto de apoio, como de repúdio. É o meio mais rápido, e poderoso de aglutinar pessoas que desejam lutar, transformar e modificar o que não dá mais pra aturar. Espaço de liberdade de expressão, que se faz a mais poderosa ferramenta da liberdade, para grandes mobilizações.

    E, recordando o pequeno texto do seu perfil, meu amigo Jaime, "Risco, rabisco, escrevo, brinco com as palavras, com os traços, com as ideias. Se boas ou ruins,aproveitáveis ou descartáveis, o leitor é quem julga." - eu te digo, o conteúdo do teu texto é totalmente bom aproveitável.

    Beijinhos de fã !
    Maria Lucia

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  8. Olá, professor!

    Estava voltando para casa na última quinta, qndo resolvi entrar no Twitter pelo celular. Não acreditei na imagem q vi, pensei q fosse montagem (reagi igual aquela meme: "essa imagem é REAL?"). Felizmente era verdade, as pessoas passaram a acreditar q a mudança é possível. Se é utopia? Não sei, mas há esperança e motivação é isso já é muito, considerando q estávamos num grande estágio de letargia.
    Mas é difícil saber o q está de fato acontecendo pq não está acontecendo uma coisas só.

    bjohnny!

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  9. Jaiminho,
    de momento, estou indicando teu texto lá no facebook. Retorno se tiver algo a dizer... sinceramente, li algumas vezes e praticamente não tenho nada a acrescentar. :)
    Mas retorno!
    Beijos!

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  10. Olá, Jaime.
    Vejo com bons olhos as muitas manifestações ocorridas dentro e fora do país acerca do descaso do governo para com seus governados, afinal, o Governo tem de servir ao povo e não a si mesmo como ocorre aqui.
    Acredito que o que está ocorrendo é que finalmente nosso povo está se dando de conta do absurdo que acontece todos os dias com nosso suado dinheiro que é usado para obras parcialmente inúteis ou simplesmente desaparece em algum paraíso fiscal e muita gente está cansada disso.
    Se essa vontade de mudar e de ver um país melhor para todos continuar, tanto melhor.
    Abraço, Jaime.

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  11. Amigo Jaime,

    Realmente é necessário passear pela história para compreendermos melhor o momento que estamos vivenciando. E você fez isso maravilhosamente bem. Abraços e obrigada pela ótima oportunidade de leitura!

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  12. Jaime que belíssimo texto!
    Verdadeira aula de historia politica do nosso país!
    Eu só sei que nunca pensei viver uma época como essa e ter o privilégio de ver o povo acordando de vez! É lindo e me sinto orgulhosa de ser brasileira!
    Grande beijo pra vc!

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  13. Jaiminho,

    Tudo bem lindinho? Gostei do seu ensaio!

    Quando penso no momento que vivemos, penso que a minha geração foi omissa. Saímos da ditadura e adormecemos em berço esplêndido no neoliberalismo. Diria que nos acomodamos porque na minha época, o maior sonho era vencer a fome na Etiópia;lembra do "we are the world".

    Então me amigo, conseguimos matar a fome do nosso povo com a bolsa família. Meu povo nordestino hoje está acima do peso. Ademais, os políticos que hoje nos representam são frutos das diretas ou do impeachment. E agora Temer diz que constituinte é inviável. Penso que o legislativo deveria começar a ficar assustado, pois em uma manifestação de um povo que leva 06 horas no transito é passível de impulsos.

    Hoje vão derrubar a PEC 37 e votarem a favor das receitas do petróleo para educação. Diria que querem acalmar a fome do leão para esvaziar parte das reivindicações dos protestos programados para esta quarta-feira. Mas temos que abrir os livros de história e aprender.

    Todavia, como vi no texto da Eliane Brum, sobre uma das melhores frases para esses dias sem nome foi postada pelo poeta Carlito Azevedo, no Facebook:

    "Quem não estiver confuso, não está bem informado".


    Beijos.

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  14. Olá, andei meio sumidinha, estava passando por sérios problemas, mas estou de volta. Sempre do meu jeito, sonhando e lutando, afinal tenho objetivos na vida.

    Gosto de visitar este blog, pois sempre encontro temas que me fazem refletir. Meu blog é bem feminino, fala sobre amor, relacionamento homem e mulher e como livrar dos trastes, mas nem por isso deixo de me interessar por assuntos ligados a meu país.

    Posso mais uma vez ser condenada pelos leitores deste blog, mas sou contra essa bagunça que estão fazendo nas cidades, não sinto orgulho nenhum, afinal tudo em nosso país está errado. Quero sim mudanças para o País, mas o que estou vendo nas ruas é vandalismo. Infelizmente acho que não vai dá em nada. Isso sem contar que estamos infelizmente passando uma imagem negativa para o mundo e os turistas que virão gastar aqui bilhões de dólares.

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  15. Parabéns, Jaime. Seu texto é bem elucidativo e nos remete à reflexão de qual deva ser o papel de cada um de nós, nesse momento-encruzilhada.
    São muitos, de fato, os motivos para nossos protestos, no entanto, não consigo descansar ante a utilização maliciosa que certos setores conservadores têm feito, a partir de muitas manifestações mais do que legítimas.

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