Frustrações e derrotas


(clique na imagem para melhor visualização - se tiver coragem de ver estes rabiscos, é claro!) 

“Feliz ano novo, pessoal!”. Sempre aparece alguém para dizer isso quando o carnaval chega ao fim. Mas não é verdade que o ano só começa pra valer no Brasil ao final dos festejos de Momo? Pra mim, não: o ano começa quando os lembretes dos impostos começam a chegar em casa – e, acreditem, para isso o governo é muito eficiente.  

E tem gente que fica deprimida com o fim da folia: acaba o verão, a fantasia, o clima de “não sou de ninguém” e tudo retorna à maçante rotina. Aquela foliona que passou o carnaval em Salvador toda serelepe e beijando muito volta ao escritório em São Paulo toda recatada e desprezando quaisquer tentativas de aproximação – nem as cantadas de pedreiro farão a moça ceder aos encantos do pretendente. È compreensível: “no carnaval, trocamos o trabalho que castiga o corpo ( o velho tripalium ou canga romana que subjugava os escravos) pelo uso do corpo como instrumento de beleza e de prazer”, nos informa Roberto DaMatta em seu livro “O que faz o brasil, Brasil?”  

Por falar em São Paulo e em carnaval... que confusão foi a apuração dos votos das escolas de samba do carnaval de 2012.  Confusão é um termo até brando: o que se viu foi vandalismo e baixaria mesmo – saíram de cena as musas do carnaval com seus rebolados e curvas para dar vez aos dirigentes de escola de samba furiosos e ao galã que já é velho conhecido da polícia.

Eu me lembro de ter acompanhado algumas vezes, pela TV, as apurações das notas das escolas de samba. Chega a ser até engraçado quando uma destas escolas consideradas “grandes” recebe uma nota menor do que “10” em um dos vários quesitos: um festival de xingamentos e a lembrança da mãe do pobre jurado nas arquibancadas pela torcida da agremiação que se sente “prejudicada”. Digo logo que não entendo nada disso aí de escolas de samba e acho tudo muito bonito - apesar de ser chato pra caramba acompanhar tudo pela TV: carnaval e TV é algo que não combina, bom mesmo é brincar na rua e nos blocos, sem cordas ou abadás.  

O que me deixa assustado é a reação que as pessoas vêm tomando ao lidar com perdas, rejeições e frustrações atualmente. Pontuações que não sejam notas máximas na apuração do carnaval ou mesmo notas que desagradem aos alunos nas escolas e faculdades podem gerar reações agressivas; dizer um “não” a uma cantada pode acabar em morte – ou mesmo a negativa em retomar um relacionamento: quantos crimes com tal motivação acontecem todos os dias e acompanhamos através das mídias?

Obviamente ninguém quer perder e sofrer com a rejeição, afinal todos desejam o sucesso e a felicidade; acontece que são conceitos muito particulares e estão praticamente padronizados: sucesso é a fama, o dinheiro, o poder e a felicidade geralmente está relacionada a tais valores.  Existem até mantras modernos propagados pelos gurus da auto-ajuda que também são repetidos pelo mundo empresarial como mensagens motivacionais: “Você é capaz de realizar todos os seus sonhos!”, “você pode, você consegue, o sucesso depende de você!” e assim por diante.

Otimismo sempre é bom e é claro que devemos questionar quando pode ter acontecido alguma injustiça em avaliações, promoções, critérios; mas daí a reagir violentamente e não aceitar uma derrota ou rejeição demonstra falta de equilíbrio – além de ser uma espécie de “compensação” para a dor, mas uma compensação da qual o agressor se faz “vítima” e, com isso, tenta ignorar a verdadeira causa do(s) problema(s). Quem quer sofrer de amor como os românticos que compensavam sua dor escrevendo poemas e romances chorando a perda do (a) amado (a)? Mártir é coisa de Tiradentes e a fila anda!  

Uma sociedade estimulada para ter sucesso e ser feliz. E para isso acontecer os “nãos” devem ser banidos e o fracasso não deve constar em outro lugar a não ser no dicionário. Notas baixas, repetência de série ou matéria, rejeições, perda de campeonatos, términos de relacionamentos e tantas outras frustrações não podem constar em currículos e biografias. Contudo o filósofo latino Sêneca já nos alertara, lá por volta do longínquo ano 63 d.C:o que se prevê é que há sempre algo por vir que poderia criar obstáculos para a realização de nossos propósitos. Não se trata de ser apocalíptico ou apelar à resignação: é desagradável sofrer revezes, mas é um processo de maturidade do qual todos nós precisamos passar.  

Ou se você preferir algo mais moderno, alegre e carnavalesco, fique com a voz do povo: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”!  Pode até demorar, mas no quesito evolução e harmonia, é nota 10!  

47 comentários:

  1. Conexão de pensamentos durante a leitura. Pensei em Sêneca quando falou do otimismo e, touchê, lá está ele na conclusão de seu artigo! Excelente!

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  2. Esta do Feliz Ano Novo após o Carnaval eu só vim a conhecer na blogosfera.
    Nunca acompanhei estas apurações de escolas de samba do RJ e SP e, se alguém me perguntar hoje, quem são as vencedoras, não saberei responder porque não faço a mínima ideia. rs.
    Rejeição com certeza não é algo legal pra ninguém, o importante é saber como lidar com ela e isto, acabou tendo a ver com o meu post e, respondendo ao seu comentário, não quis ser muito detalhista sobre ele já para não gerar inquietação aos monocromáticos, é o máximo de respeito que posso oferecer para quem com o preconceito, pode até matar seu próprio filho. Preconceito, tá aí algo que rejeito veemente parceiro e nem quero tentar entender, porque não há argumentos para tamanha intolerância.

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    1. Christian, eu só soube quem é a escola campeã em SP por causa da confusão! hehehe No RJ nem sei quem é.

      Olha, o preconceito é uma praga, realmente. E tantos e tantos anos de "evolução" para que tenhamos ainda tristes manifestações por aí. Lamentável! :(

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  3. Você tocou em um ponto que é flagrante: as péssimas reações que a sociedade anda tendo, diante das frustrações. Como se estas não fizessem parte da vida, como se não precisássemos de uma dose de frustração para crescermos e amadurecermos.
    É uma circunstância assustadora.

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  4. Olá, professor!

    Parodiando aquele rapper, o Fred Niet, eu não acredito num deus q não saiba brincar. E acho q as pessoas estão cultuando de forma muito errada a tal da Coisa Séria. Às vezes parece complicado até falar sobre algumas coisas, vc não pode mais simplesmente falar, tem q se posicionar, defender aquilo como se fosse uma questão de vida ou morte, mesmo q esteja falando apenas do tamanho da mariola vendida no sinal.
    Eu não sei se o "levar na esportiva" está caindo em desuso (e espero q não), acho mais é q o Hobsbawm estava errado qndo limitou a "era dos extremos" ao século passado. Ou talvez essa seja a era dos fanáticos... o fanático por si mesmo, o fanático pela bandeira tal, sei lá. E fanáticos quase sempre reagem com agressão a qq coisa q discordam.
    E não sei mesmo, mas acho q na vida, não sabemos. Deveríamos eternos amadores.

    bjohnny!

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    1. Olá, moça cabofriense!

      Digamos que o nosso Eric tenha sido um tanto precipitado. É verdade que o século passado fomentou elementos que impulsionam tudo isso que estamos acompanhando hoje como nunca antes - não, não vou parafrasear o Lula rsrs

      Olha, nesse rolo todo entra a chamada "indústria psiquiátrica", da qual se aproveita da imensa legião de frustrados/derrotados que não conseguem lidar com algum fracasso - e o tratamento, claro, medicamentos.

      Falta o lúdico, o jogo, as brincadeiras de infância onde todos perdiam e todos ganhavam.

      bjks!

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  5. Fala ai Grande Jaime, será que estamos com a famosa sindrome do "Loser" que os americanos falam tanto? ninguem quer mais perder né, vi aquele maluco pulando o alambrado para rasgar os votos e pensei"O Rio ja falava mal do Carnaval paulista, agora então". A verdade é que não progredimos coisa nenhuma, ainda somos um monte de barbaros assistindo a gladiadores enquanto o Senado e os imperadores (no caso todo tipo de parlamentar) sugam nossa grana. Se eu fosse ele ao pegar o papel gritaria " Eu Sou Espartacus"

    Abraço querido e muito obrigado pela visita lá no meu canto !

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    1. Ei, Victor, aquele maluco acabou dando um belo salto, hein? Ele poderia tentar os Jogos Olímpicos! hahaha

      Pois é: um mundo que não admite erros, derrotas e frustrações. Eu não sei que "mundo perfeito" é esse que querem moldar.

      Um abraço!

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  6. Oi JaimeZinho! Tudo bem? Foi bom o retorno às aulas depois desses diazinhos de foRga!? Ahhhhh, é sempre complicado voltar à rotina, né!? Eu queria mais... mas, queria mais não para "foliar". Minha folia, como vc já bem sabe, é outra! Aliás, eu cumpri bem minha promessa de assistir os filminhos e ler meus livrinhos. Cartas na rua é muito gostoso de ler. Adorei!

    Ahh, falando em folia, vc abordou bem essa questão. É como se houvesse uma época AC / DC, no Brasil... sim, Antes do Carnaval e Depois do Carnaval. Até na escola temos essa coisa... sabe aqueles aluninhos que só aparecem para seu primeiro dia de aula depois do bendito feriado de carnaval? É uma cultura que, a meu ver, não é saudável. Sei lá... A verdade é que, de fato, o país não para de funcionar com essa onda de "frevo"... infelizmente, o que para de funcionar é a cabeça do cidadão... do folião... com seu "pô, vamos desacelerar, despreocupar e aproveitar. Aí quando retoma à rotina, pega o mesmo país. Aquele com seus impostos, como vc bem disse, que por sinal não pararam um dia sequer e com outros problemões mais que não param de surgir. Aí eles aparecem com aquela sensação de "para o mundo que eu quero descer!!!!".

    Sobre essa questão do não saber perder. Olha a danada da inteligência emocional aqui de novo. Poxa, acho que vc e eu já batemos um lero sobre isso há algum tempo. O engraçado é que de alguma forma essa parte de seu texto me fez retomar minha nova postagem, onde falo de um momento frustrante(não vou fazer tempestade em copo d'agua!heheh) que passei, na adolescência. Claro que todos queremos extravasar nossas frustrações e não é errado fazer isso. O complicado é perder o controle, como vemos o tempo todo. Pô, as pessoas realmente não sabem, em sua maioria, lidar com as frustrações. Eles se esquecem que a vida continua... a vida connntinua! Saber lidar com as emoções é necessário e importante.

    Enfim, é isso!

    Adorei sua postagem...

    bjks

    Câmbio, desligo-me! ;)

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    1. Oi, Joicy! Nem me fale de "retorno às aulas" porque ainda estou com DPF - Depressão Pós-Férias! =D

      Bom ter gostado de "Cartas na Rua". É o Bukowski mais...light! rsrs

      Sim, nós conversamos sobre isso e sobre a inteligência emocional. Agora já pensou se todo mundo reagisse às frustrações como aquele maluco do filme "Um dia de fúria"? E olha que tem muita gente agindo exatamente daquele jeito, tamanho estresse e competitividade que temos por aí. Bombas relógios!

      hehehe...é bem por aí mesmo o que você falou sobre o Antes do Carnaval e Depois do Carnaval. Agora eu acho saudável que tenhamos carnaval - não essa festa privatizada de cordas e abadás, mas festa popular como foi um dia. Acho interessante aquela "troca" de hierarquias por, sei lá, uns 4 ou 5 dias rsrs

      Bjks! E obrigado, viu? ?:)

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    2. Reorganizando as letras de DPF e colocando FDP caem como uma luva, o significado de ambas, né!? Se combinam de tal forma que chega a ser assustador! ahhaahah

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  7. "Circuladô de fulô ao Deus e ao demodará"(Haroldo de Campos)
    Bundas a parte, o cara da Império é gostoso! Tá preso, mas é gostoso.
    Eu, como boa Corinthiana, sei perder.
    "Carnaval, carnaval..."
    E por falar em marginal, vamos até Pinheiro (avenida). Faltou nós dois lá. Sem bunda porque não dá pra competir.

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    1. Parece que já soltaram o cara da Império da Casa Verde. As biba da cadeia não gostaram muito dessa notícia! hahahaha

      Bjs, Denise! Obrigado! :)

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  8. Bom, na verdade eu odeiooo Carnaval, sei que é uma grande festa símbolo da cultura popular brasileira e tals, mas eu sou desviante, não aguento carnavl, não aguento tudo só funcionar depois do carnaval e principalmente não suporto os carnavais serem bancados com dinheiro público que poderia ser gasto em coisas mais úteis (e poderia, e é na verdade, embolsado também).
    Mas enfim, as pessoas têm que aprender a lidar com o fracasso, assim como se dão com o sucesso, porém o que vimos na apuração dos votos não foi isso, foi um bando de playboi (pleiboi mesmo) que nunca ouviu um não da mamãe ficar revoltadinho porque sua escolinha tá perdendo, oh céus!! Se os brasileiros gastassem essa raiva toda que usam no futebol e no carnaval em lutas mais "justas" esse país seria bem melhor pra viver.
    Adorei o post moço!

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    1. Kely, eu não entendo o carnaval de Salvador, por exemplo: é cervejaria, é banco, é indústria automobilística investindo e patrocinando a festa e a prefeitura e governo do estado ainda investem uma grana quando os grandes blocos praticamente não metem a mão no bolso - a não ser para contar a grana que entra em seus cofres.

      Concordo, se toda essa "revolta" fosse utilizada em prol da educação - da qual TODOS dizem ser prioridade - talvez estivéssemos melhor.

      Obrigado, moça, por sua visita e comentário sempre pertinente! :)

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  9. quando bataille disse que é preciso ser livrre pra fracassar é porque intuia que o sucesso é uma traição à liberdade, embora
    pensemos ser o contrário.
    belo texto,
    meuabraço,
    luis

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    1. Ótima referência, Luís Eustáquio! Muito obrigado!

      Um abraço!

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  10. Que interessante, me colocou pra pensar!
    Desde pequenos já temos essa aversão por NÃOS e nossos pais de certa forma nos ajuda a superar isso ou nos prejudica para a vida toda. Aceitar derrotas e saber seguir em frente é uma dádiva né?!

    Não vejo desfiles dessas escolas mas fiquei sabendo que muita favoritas ficaram com péssimas notas, isso significa que estão confiantes demais e já começaram a perder qualidade, ai sai um filhinho de papai e rasga os malditos documentos por birra?!

    Ahhh é coisa louca isso! As pessoas tem que prestar mais atençaõ nos valores. Prefiro meu rock in roll!


    Bjos!!!

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    1. Sim, Camila...embora tenhamos derrotas e "nãos" amargos, o que importa é seguir em frente. Na verdade é o que fazemos, apesar de uns e outros surtarem por aí rsrs

      Também fico com o meu rock n´roll all night and party every day! rs

      bjs

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  11. O carnaval tem uma proposta de fundo cruel, anestesiar a grande massa que, por alguns dias esquecem de seus problemas, desemprego, dívidas, crises políticas, corrupção, mensalão, enfim, é um momento onde se deixa de lado os azedumes da vida, assim como os fracassos pessoais para se "divertir", mas quando a quarta ingrata chega, a realidade dura e cruel cai novamente em cima das cabeças como uma bomba, e assim a vida continua. Eu por mim aboliria essa festa sem sentido, pra não chamar de outra coisa, em relação às perdas e frustrações, vivemos numa sociedade onde o segundo lugar não tem valor nenhum, ou vc é o primeiro ou é considerado fracassado, triste, mas é uma verdade.

    Abração pra ti Jaime.

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    1. Oi, Paulo!

      Eu acho que o carnaval até necessário nesta sociedade tão desigual, sabe? Gosto do que o professor Roberto DaMatta diz: “[o carnaval é] um movimento numa sociedade que tem horror à sociabilidade, sobretudo a mobilidade que permite trocar efetivamente de posição social”.

      É um sonho, é uma fantasia ( daí as "fantasias" de fato)... em outros países temos tal festa, com menor intensidade se comparada ao Brasil. Em Nova Orleans chega a ser engraçado o fato das pessoas participarem da festa correndo atrás de serpentinas e papéis jogados pra galera - em uma sociedade onde ninguém dá nada a ninguém de graça e é tudo tão "certinho", uma liberação desta é até saudável rsrs

      Claro, os exageros, a violência, a privatização da festa, bom, isso aí ninguém quer e ninguém gosta. Pena que aconteça.

      Um abraço, Paulo! Valeu!

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  12. Oi querido,

    Excelente a postagem! Penso que não deveríamos ter o carnaval em fevereiro ou março, mas em janeiro, ou seja, junção de férias, folia, calor e balada. Não é condição só nossa protelar o início, pois na Europa tudo começa em setembro, por inúmeras razões, mas é o fim do homem ser positivamente irracional em suas decisões, aprendendo a usufruir o melhor e deixar o pior com os caquinhos.

    Quanto a questão da rejeição, vivemos o modelo americano do: yes, we can. Sem sombra de dúvida, teremos "Serials Killers" a cada esquina. Vejo que se você não aceita os livros de auto-ajuda e dos ganhos "forever", fica fora da manada ou da normalidade.

    Agrego a isso a quantidade de "sim" que somos fadados no cotidiano, ou seja, fingir a irrealidade. Penso que não é só controlar os desejos infantis, mas entendermos o melhor da frustração e dos erros na nossa caminhada. Estou falando sobre isso no post de hoje.

    Sem chover no molhado, mas maravilha de leitura.

    Beijos animados para o inicio de 2012!

    Lu

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    1. Oi, Lu!

      Obrigado! Sim, sim, há países na Europa onda o "ano" começa em Setembro...rsrs e em outros países começa em Junho; há várias razões, desde climáticas até mesmo culturais. Boa observação.

      Interessante que o "senso comum" dos livros de auto-ajuda e dos "gurus" é repassado e difundido quase como verdade. Não que tais conselhos não sejam importantes para uns e outros, claro, sempre há quem tire proveito e sinta que "funcionou"...

      Seu texto está excelente, como sempre, e encontro algumas similaridades com o que tentei escrever por aqui.

      Um xêro animado procê também, viva 2012! :)

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  13. Ah, resolvi voltar aqui para postar o comentáriozinho logo abaixo do que vc respondeu pra mim(láááá em ciminha) e tbem para dizer que percebi que o blogger está de onda comigo... eu atualizei meu blog, mas aqui do lado direito de seu bloguinho não está aparecendo a atualização! :/ Puxa que puxa... sacanagem com o Umas e outras... então, apareça lá, visse? Pois tem postagem nova!!

    bjks JoicySorciere => Blog Umas e outras...

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    1. Ei, Joicy, não se preocupe, é coisa do blogger - e seus apavorantes bugs! rsrs

      Bjks!

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  14. Oi Jaime!
    Tudo bem cara? Andou meio sumido..curtiu muito o Carnaval caindo na escola de samba? kkkk.
    Eu não gosto do Carnaval e sim dos dias de folga que ele proporciona. Porém respeito o lance das escolas que se dedicam muito.
    Sobre a apuração acho um absurdo..todo ano é sempre a mesma coisa nas votações aqui em SP. E quem é que SEMPRE faz guerra generalizada? A Gaviões da Fiel que se recusa a perder. Tudo bem, quem rasgou os papéis foi o cara da outra escola mas quem fez o caos na rua? Eles.
    Bom mas falando sério (ou nem tanto...) sobre os flogs...sério memso que vc tinha um flog? Bom na época eu gostei do flog porque os blogfs eram tao atulhados de balagodangos que me irritavam..sem falar que "blog' vc imaginava aquelas coisas frufru que dcemoravam mais de 1 hora pra carregar. Ai o flog foi uma opção bem mais prática.

    Nossa, quando você falou de net discada me fez lembrar o passado..também conheci a net discada e aquilo era muito TENSO! Hoje em dia não sei como é posível sobreviver com net discada. Na época a gente tinha uma paciência..essa galera de hoje nem faz idéia de como era..windows XP e net discada kkkk. Lembro que para bauxar 1 música levava horas...
    E quando a conexão caia? kkk
    Isso me fez lembrar que antes do msn existiu o ICQ!!!! Lembra dele?
    Eu acompanhei o orkut no comçeo e no auge e graças á ele conheci muita gente bacana na época e aprendi muito. Bons tempos...

    Ah sim o que mais tinha na época do auge dos flogs eram a invasão dos emos que na época era uma verdadeira 'peste" na net e nas ruas..agora deram uma amenizada kkkkk. Mas na época tinha cada gente que ficou famosa por seusflogs que só por Deus! Era muito bizarro!

    bjs

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    1. Oi, Tsu!

      No caso, o carnaval em Salvador é pra passar o carnaval "atrás do trio/só não vai quem já morreu". Então, morri e ninguém me avisou! kkkkk

      Confusão, né? Tem gente que vai para festas e eventos com o "espírito armado". Uma pena.

      Eu tive um flog para divulgar as charges, Tsu. Mas como o blogger deu uma melhorada boa com as imagens, achei melhor concentrar tudo em um lugar só.

      Uma vez baixei um álbum do The Clash pela internet discada. Levou a madrugada inteira - e rezando pra conexão não cair hahahaha Haja paciência! Eu lembro do ICQ! Ei, Tsu, é do meu tempo, hein? hahahahaha

      Bjs! E pode deixar, vou aparecendo sim. :)

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  15. Jaime, vim aqui agradecer!
    Tava precisando do link do teu espaço!
    Vou adicionar lá, espero q em 72 horas o problema com meu dominio se resolva!!!
    Beijos e tenha uma Ótima semana!!!

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    1. Imagine, Laura, não precisa agradecer. É um prazer visitar o seu blog! :)

      Bjs!

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  16. Boa noite, Jaime, como vai?
    Também detesto carnaval (do latim carne vale, que quer dizer "adeus carne"; a etimologia tem suas ironias) e achei a atitude do sujeito despropositada e injustificável.
    Tá certo que o pessoal destas escolas de samba trabalha o ano todo para o desfile, mas o que ele fez não se faz.
    Acho que a "Síndrome da Falta de Paciência" dos dias de hoje tem bastante a ver com a internet, onde tudo é relativamente instantâneo.
    O pessoal se acostuma com a rede e esquece que o mundo real está pouco se lixando para o que esperamos dele, daí surgem as explosões de raiva sem fundamento e noção.
    Não é a toa que em todos os textos sobre meditação e filosofia oriental são frisados os benefícios da paciência e da serenidade.
    Sabedoria milenar é isso aí.
    Abraço e desculpe o sumiço, Jaime.

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    1. Graaaaande Jacques, é ótimo tê-lo de volta, meu rapaz!

      Que é isso, sem essa de desculpas! O importante é que está por aqui e lá pelo seu blog sempre com o senso de humor agudo e inteligente! E que esteja tudo bem na sua vida por aí nos pampas!

      Bem lembrado sobre a filosofia e sabedoria oriental.

      Acho que a "Síndrome da Falta da Paciência" ( gostei) não está relacionada apenas à internet, mas à tecnologias atuais - que tentam transformar tudo a nossa volta em "instantâneo" e "prático".

      Valeu, Jacques, um abraço!

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  17. Olá Jaime! Como está vossa pessoa?
    Num falei que iria voltar a te visitar? Ôi eu aqui! Desculpe a demora. Rs...
    Hum... ótima crítica, você fez links de modo sensato e com nexo.
    Você tocou em assuntos que realmente devem ser relevados, até pouco tempo eu estava me indagando sobre os mesmos, a questão de algumas pessoas se liberarem mais (literealmente), no período de carnaval.
    Aguns trechos de seu texto chamou muita atenção e até, me fez rir, tal como:
    (...) Quem quer sofrer de amor como os românticos que compensavam sua dor escrevendo poemas e romances chorando a perda do (a) amado (a)? Mártir é coisa de Tiradentes e a fila anda! #Fods! Rs..
    Afinal, faço poemas, mas não necessáriamente os faço baseado ne acontecimentos da minha vida, mas de outrem também.

    (...) “O que se prevê é que há sempre algo por vir que poderia criar obstáculos para a realização de nossos propósitos”.
    Realmente, não tem como não concordar com este filosofo, tanto nos realcionamentos, quanto nos objetivos profissionais, dentre outros, haverão obstáculos, iraá cabe a escolha a nós, se iremos ou não continuar na 'batalha', seja pra conquistar ou manter o que realmente queremos para nós.

    Tenha uma ótima tarde Jaime!
    Até breve!

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    1. Oi, Aline!

      Eu vou bem, obrigado, ilustre senhorita! :)

      É sempre bom tê-la por aqui - e não se preocupe com "demora", o importante é que apareça, né? rs

      hehehehe Sobre os mártires, é verdade. Bom, a poesia emana de sentimentos que não necessariamente monotemáticos como "amor" ou "rupturas"...afinal, os temas estão aí presentes em nosso dia a dia.

      Sêneca é ótimo, se puder ler alguma obra dele terá um belíssima e proveitosa leitura.

      Obrigado, Aline! Bjs!

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    3. Hum.. :D Lerei sim! Leitura de bom gosto é sempre bem vinda! Tenha uma ótima noite! Beijão cheio de Bahia! Heheh..

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  18. Boa noite Jaime
    Que pena que é a primeira vez que visito o seu blog, vc já deve ter visto os meus comentários no blog da nossa amiga Joicy. Muito bom o seu texto, não é a toa que ela sempre te elogia, dá prá ver que vc conhece de tudo um pouco, até de grego. A verdade é que o Brasil é o país do Carnaval, não que eu goste de carnaval (eu detesto). A minha cidade (Itanhaém) foi homenageada por uma escola de São Paulo, gastou dois milhões dos cofres públicos para tanto, que poderiam ser investidos em muiiiitas coisas prá população local. O que aconteceu? Uma hora de fama na Rede Bobo e a Escola foi rebaixada (kkkkk). Como diria Boris Casoy: "Isso é uma vergonha". Bjos. Luciana Souza.

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    1. Oi, Luciana Souza!

      Muito obrigado por sua visita e comentário! Espero que tenha gostado e, se tiver um tempinho e paciência, retorne outras vezes :)

      A Joicy é mesmo muito querida, só tenho que agradecer a ela.

      Nossa, 2 milhões para a escola colocar seu desfile na avenida e ser rebaixada? Que baque... tudo bem que o estado tenha lá sua verba para financiar cultura e manifestações ligadas à cultura, mas este carnaval aí nos moldes de escolas de samba em SP, RJ e trios na BA se sustenta "sozinho". É muita gente que lucra (demais!) com isso - aí o Boris estaria certo: "Isso é uma vergonha" rsrsrs

      Bjs e obrigado!

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  19. As pessoas não estão nadíssimas preparadas para lidar com perdas.Esta sociedade na qual vivemos,imbuída pelo espírito do capitalismo,prega o TER,o sucesso,o reconhecimento,o STATUS;infelizmente,somos tal qual marionetes totalmente manipulados por nem sem quem.
    Eu gosto consideravelmente de carnaval,amo sair em blocos,sempre desfilo pela minha escola de samba aqui no Rio.É um momento de alegria,descontração(sempre há os malas que arrumam confusão),mas pra quem sabe curtir numa boa,o carnaval é excelente.
    As pessoas devem entender que não estão livres da quarta-feira de cinzas em suas vidas,e nada melhor que nesse momento de reflexão,avaliamos nossas ações e aprendermos que é na maior dificuldade que nos encontramos,que temos uma grande possibilidade de crescimento pessoal e enobrecimento de alma.
    Beijão,Jaime!Dani.

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    1. Dani, seu comentário está excelente, como sempre! O status, a hierarquia social - e no carnaval, ou no carnaval popular de fato, essa hierarquia é "modificada" e temos interessantes relações democráticas nas ruas. Em Olinda, ao que me parece segundo (muitos) relatos, é assim.

      Ótima referência sobre a quarta-feira de cinzas de nossas vidas!

      Beijo, Dani!

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  20. Pra mim também o ano começa bem antes, exatamente no primeiro dia útil após o primeiro de janeiro, afinal, retomo o cotiaidano de trabalho, contas, enfim a rotina diária.
    Essa "perda do carnaval" é como confraternização de natal, o fulano mal olha na cara dos colegas o ano todo e é o primeiro a querer fazer amigo secreto, almoço, jantar o caralhoa quatro de confraternização (e desculpe-me o dono do blog e seus leitores pelo palavrão escancarado, mas a descrição perderia força sem ele.). Do mesmo modo muita gente, nunca se diverte, nunca sai, nunca vai a um happy hours, nada... E ai no carnaval... Solta a franga, bebe todas, e depois vem dizer ah, ela tava com uma pomba gira... Hum-hum... Mas o corpicho usado foi o dela. A Ilustração que colocastes é perfeita na descrição! E o fulano bebe todas, e canta e dança e pula, ai na quarta, enquanto todos guardam as fantasias ele coloca a máscara de sobriedade. E assim a manada segue...

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    1. Oi, Djair!

      É que durante o carnaval ocorre aquilo que o professor Roberto DaMatta fala sobre a festa: um "desregramento" total ( ou quase total) onde "se permite" tudo. É bom brincar, divertir e curtir a folia carnavalesca - quem gosta - mas que tem gente que exagera, ah, isso tem...rs

      Não se preocupe com o palavrão, aqui a tribuna é livre! :)

      Um abraço e obrigado!

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  21. Olá Jaime, ja estava com saudade de te ler.
    Adorei a postagem, e pra mim o ano começa assim como você bem diz quando as contas começa a aparecer.
    Não curto carnaval, e acho que as pessoas tenta mostrar uma alegria que não existem.

    Que confusão foi mesmo apuração de São Paulo.Uma baixaria!
    Isso é Brasil! Aqui tudo pode, não existe lei.

    Beijo grande amigo.

    Passei rapido mas volto depois.

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    1. Oi, Smareis!

      É bom tê-la de volta após seu período de descanso!

      Bom, carnaval é tempo de máscaras e fantasias, então fica essa metáfora...rsrs

      Um beijo!

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  22. Oi Jaime..tudo bem?
    Amo seus "rabiscos"...sempre uma sintese com um humor fantastico.
    Vc é muito inteligente.....queria que fosse professor da Bruna :)

    Então...esta coisa de lidar com frustração.
    É complicado porque cada um reage de uma maneira.
    Eu até que reajo bem. Ou seja...eu me frusto..mas passa logo.
    Não deixo que me atrapalhe...só tenho que controlar a ansiedade.

    Sou mãe de adolescente. Mãe coruja.
    Nesta fase eles tem uma expectativa de acordo com o mundo deles.

    E no mundo deles. No caso dela.
    Eu me seguro as evzes pra não dizer a ela..vem ca no meu colo...rs
    Mas sei qque faz parte do aprendizado e se ela não aprender a lidar com as perdas e decepções agora, quando adulta como será?

    Ela prestou vestibuar em varias faculdades. Particulares e Estaduais, Federais para engenharia.
    Entrou na Fei e Mackenzie..mas preferiu não fazer..
    Estava na esperança de entrar na Poli, o que não aconteceu.
    Ficou triste...chorou... Mas no outro dia ja estava procurando um cursinho pra se matricular.
    Fiquei super orgulhosa. E me segurei para não palpitar. Elias, não palmitei.
    Com 17 anos ja sabe o que quer e tem que ser responsavel pelas escolhas.

    Mas voltando ao geral...

    Da medo com o tanroo de louco solto por ai....rs


    Um bom final de semana..
    bj

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  23. Acho que toda a reação violenta ou depressiva diante de um revés se deve a nossa cultura e filosofia de educar para vencer. Não somos educados para perder e a compreender que a derrota é apenas uma etapa (ruim, mas necessária) para nos preparar para uma conquista. Está certo que no Brasil as coisas até que são meio brandas. Eu poderia citar o número de suicídios do Japão e da França se eu tivesse dados mas lá, não ser uma pessoa bem sucedida na vida é motivo para vexame. E acho que tudo isso acontece por causa da nossa cultura de julgar as pessoas pelos seus êxitos, pelas suas conquistas, pelo velho verbo TER e não pelo verbo SER.

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